Pense na possibilidade de trabalhar em uma empresa onde o seu trabalho e seu potencial é, acima de tudo, respeitado. Onde seus colegas lhe procuram para construírem novas soluções juntos, onde seu gestor é próximo, sabe o que você faz, sabe do que é capaz e confia em você. E o melhor, você confia nele também. Pense em uma organização que não é perfeita, mas tenta e trabalha muito para chegar lá, porque respeita os seus funcionários e da mesma maneira, respeita os seus clientes e fornecedores.

Pense em uma organização onde ideias são levadas a sério e onde os antigos padrões de gestão e hierarquia são ressignificados, reinventados. Porque afinal, entende-se que o mundo muda, as pessoas mudam e as organizações devem mudar junto. Não é um simples entendimento?

Uma organização onde os líderes são abertos aos próprios erros e às próprias limitações, porque aprenderam que é impossível ser perfeito, mas que há muito desenvolvimento a ser perseguido. E aprenderam que esse desenvolvimento é mais fácil através da troca e do respeito.

Uma organização que possui três princípios: Respeito por si, respeito pelo outro, respeito pelas atividades. E a partir desses princípios que estão arraigados nas pessoas, seguem com comportamentos de troca e respeito que fazem com que elas não tenham medo ou vergonha de errar e de serem inadequados. As pessoas são.

E assim, elas criam e produzem. Elas olham para o outro de outra maneira. Como aprenderam a se respeitar e a serem respeitadas, elas agora respeitam e entendem o outro. Enxergam o mundo de outra forma, empaticamente caminham pelo mundo procurando entender e se conectar. Entendem que fazem parte de algo maior e que são responsáveis por isso também. Pois parece tão óbvio, não?

Essa organização ganha prêmios, vende mais a cada ano, e direciona os lucros de maneira responsável. Mas não foi sempre assim.

Essa organização decidiu mudar quando entendeu que muito do que fazia não trazia resultados e que seus colaboradores não tinham prazer em trabalhar lá. Que seus valores eram lindos no papel, mas que não se encontrava vestígio deles na prática. Que muitas pessoas estavam adoecidas e outras afastadas. Que seus líderes estavam exaustos de tentar, tentar e “morrer na praia”. Bastou uma pessoa para realizar essa transformação. Uma pessoa que percebeu e começou a mudar a si própria, influenciou outros, falou, comentou, tentou. Sua mudança pessoal repercutiu, ela ganhou adeptos. Como em um efeito dominó, quando percebeu estavam todos falando sobre a necessidade de fazer diferente.

O presidente, até então distante e não sabendo do que estava acontecendo, resolveu ouvir as pessoas. Mesmo que ele não quisesse, as pessoas batiam na sua porta para contar o que haviam descoberto e que ele precisaria fazer alguma coisa pela organização.

E assim tudo foi acontecendo, com uma rapidez inacreditável, as pessoas foram se engajando, conectando, conversando e inovando. Os problemas começaram a ser tratados de maneira rápida e transparente, os funcionários endereçando suas questões, trazendo soluções. A empresa mudou de cor, paredes foram pintadas, pois chegou-se à conclusão que as paredes cinzas não combinavam mais com o clima da empresa.

Felizes com o trabalho e consigo mesmos, esses funcionários iam para casa com ânimo, olhavam para a família de outra maneira e aplicavam o respeito por si e pelo outro dentro de casa; depois no bairro e na roda de amigos. Fico pensando… Onde isso pode chegar?

Franciele Maftum

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