Os líderes e os mais velhos são emocionalmente mais maduros? Podemos afirmar que maturidade está diretamente ligada à idade?

Gostaria de responder que sim, mas a resposta é não. Aliás, a neurociência já nos mostrou que depois dos 25 anos de idade todos nós temos o mesmo “poder” de sermos emocionalmente conscientes. Então, se você tem mais de 25 anos tem as mesmas possibilidades que qualquer outra pessoa.

Mas a experiência não conta? Conta! Se você estiver emocionalmente consciente de suas emoções. Você consegue garantir que sim?

E essa resposta dói porque se o cargo ou idade representassem mais maturidade não teríamos os problemas que temos hoje, o mundo seria mais justo, os passivos trabalhistas não existiriam. Mas o contrário também não é verdadeiro. Então aonde vamos parar?

Bem aonde estamos hoje: com muito trabalho para as consultorias, como a minha, desenvolverem. O que por um lado poderia ser bom, mas eu vejo além. Acho que já deveríamos estar na era de falar sobre espiritualidade e liderança, mas ainda não chegamos lá (iremos chegar, eu sei disso).

Mas voltando a maturidade emocional…

 

Se você acha que já esta lá, é possível que esteja errado. Isso porque, bem na verdade, a maturidade emocional como falei no artigo anterior não existe.

O que existe é Consciência Emocional e Manejo Emocional. Esses dois, sim, são elementos que nos permitem ser mais realistas em relação as nossas emoções e gatilhos emocionais. Para entender mais sobre isso, vamos a alguns longos tópicos que podem te ajudar (porque todo mundo gosta de tópicos):

1) Você sabe quais são os seus gatilhos emocionais? Quais assuntos, temas, pessoas e comportamentos te tiram do seu equilíbrio mental? O que te dá raiva, felicidade, tristeza?

2) Você sabe como você reage comportamentalmente e fisiologicamente quando esses gatilhos são ativados? Por exemplo você sabe se você fala mais alto, mais baixo, se trava, se fica vermelho, se ri de nervoso, se seus olhos ficam grandes? Essa é uma pergunta capciosa, porque para sabermos sobre isso precisamos perguntar para os outros. E a pergunta que você deve fazer para o outro é: Como você sabe quando estou com raiva? Como você sabe se não gostei?

3) Você costuma ter os mesmos problemas com pessoas diferentes? Por exemplo sempre ficar alterado com colaboradores que não que não fazem o que você pediu e como pediu. Se a resposta for sim, é bem importante começar a perceber os padrões que você se coloca e como se torna refém das próprias emoções.

4) Você sente as coisas? Como as pessoas mais próximas de você te enxergam? Elas dizem que você sente demais ( o que é um sinal de baixa consciência emocional) ou de menos ( também é um sinal de baixa consciência emocional) ou a pessoa não sabe dizer porque você nunca se altera? Veja, nunca se alterar pode significar muitas coisas, entre elas que você não entra em contato com nada e isso é assunto para bloqueio emocional (escrevei o próximo artigo).

Para te ajudar, se as suas respostas foram sim, sim, não e sim isso pode ser um bom sinal. Mas avalie junto a outra pessoa para entender se é isso mesmo ou se você não está se enganando.

Se a sua resposta foi diferente do que a sequência acima, o caminho agora é ficar consciente de todas essas coisas. Quanto maior a sua consciência melhor será o seu manejo! Não importa se você é velho ou novo… o importante é se conhecer melhor.

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