Precisamos falar de 5 coisas que você e sua empresa não podem mais fingir que não sabem. Elas são muito reais e para os céticos, isso tudo é comprovado pela neurociência.

  1. O autoconhecimento é mais do que necessário!

Você precisa se conhecer. Bem!

Sabemos que o autoconhecimento é necessário para qualquer coisa. Mas, agora, a Neurociência já consegue nos explicar como a falta de manejo das nossas emoções nos leva a sermos pessoas emocionalmente dependentes, inseguras, raivosas, agressivas ou passivas demais. E, já sabemos também que NÃO EXISTE MUDANÇA E NEM APRENDIZAGEM SEM GESTÃO DAS EMOÇÕES.

Então, já passamos do tempo de entendermos quem somos (de verdade) e assumirmos as emoções negativas como parte de nós! Não dá mais para fugir e nem fingir que não sentimos raiva, tristeza, negação, saudade, etc.

SE você é humano e não é um sóciopata, você sente essas coisas. Pode ser que você não entre contato com elas, mas que você sente (todos dias), isso você sente.

Mas… só sentir não adianta. Precisamos saber o que fazer com esses sentimentos e como ele impacta a nossa vida e os nossos resultados. Sim, as emoções que não conhecemos de nós mesmos impactam E MUITO nos nossos resultados.

Então se você é gestor… está na hora de investir na gestão emocional.

Se você é CEO, já passou da hora.

Se você não é líder, comece por si mesmo. Não espere que alguém te dê um coaching de presente.

2. Apostar em processos e deixar de lado as pessoas não trará mais resultados

Parece que para isso nem precisaria de pesquisas e comprovações sobre o assunto mas, tem pesquisa sobre isso, basta “dar um google”. Mas se você quiser algumas, comece comprando um livro chamado TRUST do Paul J.Zak.

Me desculpe a sinceridade pragmática, mas as empresas que não levam em consideração o lado “pessoas” não estão ao par do que está acontecendo no mundo, é vergonhoso até. A ideia de que cuidar das pessoas e capacitá-las em comportamento é “abraçar árvore” já caiu por terra. NÃO FUNCIONA! E a ideia de que tudo tem que dar um resultado racional também. Sabe por que? Porque nós somos seres emocionais, simples assim.

O que a ciência hoje nos comprova é que: quer ter mais resultado? Cuide das pessoas. Sem mais.

3. Que a gestão das emoções é essencial para a performance

Artigos e pesquisas sobre a gestão das emoções estão sendo divulgados a cada mês. Autores renomados da neurociência já provaram que:

·        Não existe emoção controlada. A emoção precisa ser sentida, validada e significada.

·        Sabe-se também que a emoção desempenha um grande papel na nossa performance e que a todo momento estamos reagindo emocionalmente para tentar nos adaptar a um mundo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e ambíguo).

E tem mais, a teoria da cognição já nos mostrou que para qualquer coisa nova que aprendemos, a nossa performance segue uma curva que cai e depois sobe, e que essa curva se dá pela fase de adaptação emocional do nosso cérebro.

Ou seja, se você ainda não fala das suas emoções é hora de começar a falar porque você está sendo afetado por elas nesse momento. E o pior, você já afetando os outros também.

Algumas dicas:

·        Terapia não é coisa somente de gente doida.

·        Emoções são reações de todos os seres humanos.

·        A performance está totalmente conectada a maneira como a qual você maneja as suas emoções e isso NÃO quer dizer CONTROLÁ-LAS. Isso quer dizer conhece-las!

4. As relações de confiança são o alicerce para mudar e aprender

Bom, esse tema é polêmico, mas também comprovado. Tem estudos inclusive que demonstram o nível de hormônio que nós produzimos quando nutrimos relações de confiança e o que isso causa na nossa motivação, energia e aprendizagem. Não dá mais para nos fingirmos que a confiança não é importante.

As relações de confiança são relações baseadas em integridade, coerência, capacidade e benevolência. Ou seja, se você quer melhores resultados na sua vida e trabalho invista nessas competências.

E para construir essas relações a gente precisa saber os itens acima. Não tem construção de confiança sem se conhecer com profundidade. Simplesmente não dá!

E tem muito RH e Gestor que acha que não é bem por ai, mas acho mesmo que está na hora de voltar mais para o que precisamos e não para o que aprendemos na organização e na vida.

 5. A cultura do erro não nos leva a lugar algum

Já foi o tempo que o ser perfeito era uma qualidade. Já sabemos que um cérebro que recebe castigo toda vez que faz algo errado, cria memórias onde o erro está relacionado a algo ruim e violento. E dessa maneira ele não cria, não arrisca, não tenta.

Hoje o que todas as organizações buscam (ou pelo menos dizem que buscam) é a autonomia e o protagonismo dos seus funcionários e lideranças. Só que o detalhe mora aí: não existe autonomia e protagonismo em culturas onde o erro não é aceitável.

O modelo mental que precisamos ter para mudar é: “Eu posso errar, eu posso melhorar”.

O modelo mental que encontramos hoje na maioria das organizações é: “Eu não posso falhar”.

Espero que tenham /gostado dos textos. As pesquisas que amparam essas ideias estão aqui embaixo.

Franciele Maftum

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CAMERON, Esther; GREEN, Mike. Making sense of change management. 3ª edição – Great Britain and United States: Kogan Page, 2012.

KIMEL, B. B. Trust Inc.: strategies for building your company’s most valuable asset. United States of America: Next Decade, 2014.

COVEY, S.M.R. A velocidade da confiança. Tradução de Tom Venetianer. 6ª edição – Rio de Janeiro: Elsevier, 2008

KIMEL, B. B. Trust Inc.: strategies for building your company’s most valuable asset. United States of America: Next Decade, 2014.

ROCK,D, et al. “One Simple Idea That Can Transform Performance Management.” People & Strategy, 2013; Vol. 36 Issue 2, p16 -19.

DAVID, Susan. Emotional Agility: Get Unstuck, Embrace Change, and Thrive in Work and Life. Avery Publishing Group, 2016.

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