Em 2012 e 2013, a Petrobras garantiu sua colocação no ranking das empresas dos sonhos dos executivos brasileiros, publicado pela Revista Exame, sendo que em 2012 em primeiro lugar.
Nesta semana, a matéria de capa da Revista IstoÉ mostra uma mudança de comportamento da classe média brasileira na busca por emprego: o emprego público agora é objetivo de uma parcela mais nova e mais bem formada da população em números sem precedentes em nossa história.
E a tônica destas duas matérias me leva a uma reflexão: o mundo corporativo “tradicional” – onde a máxima é trabalhar muito, sobre alta pressão em troca de bons salários e crescimento rápido – pode não ser mais algo desejado por muita gente.
E não estou falando somente da tão comentada Geração Y; a pesquisa realizada pelo Grupo DMRH e a Nextview People– para eleger a empresa do sonhos dos executivos – entrevistou mais de 4.100 empresários, presidentes, diretores e gerentes seniores, de todos os setores da economia, de diversas áreas e de todo o Brasil, a maioria entre 34 e 48 anos.
Será que o modelo corporativo “tradicional” está ultrapassado? O que queremos (nós executivos) afinal? O que de fato as empresas podem e/ou devem oferecer?
Talvez um limite mais bem estabelecido entre vida profissional e pessoal. Como disse Lucy Kellaway – do Financial Times – talvez o que queiramos não seja mais flexibilidade e sim mais previsibilidade!
Se todos os dias sabemos exatamente a que horas nossas jornada profissional irá iniciar e acabar (e que depois disso não seremos mais acessados profissionalmente até o outro dia), a configuração de lazer e convivência com os familiares fica muito mais fácil de ser atingida.
Mas talvez não. Muitos executivos acreditam que trabalho e vida pessoal se misturam mesmo e que flexibilidade para misturar as duas esferas a todo o momento é que se faz necessário.
Seja como for, atrair e engajar os executivos é importante para nossas empresas e a maneira de fazê-los já mudou.
Mas é importante também saber se as práticas de gestão que garantem esta atratividade e engajamento, garantem também a alta produtividade. Sim, porque queremos muito construir empresas desejada pelos executivos, mas queremos também que os motivos que fazem desta empresa uma organização atrativa, ajudem também a construir resultados competitivos e reconhecidos pelo mercado. A baixa produtividade nos mais diversos níveis hierárquicos das empresas brasileiras não é exatamente uma novidade. Mas é um gargalo.
Na competição global queremos sim atrair os executivos, mas queremos que eles se sintam atraídos pelos motivos que levarão a empresa a um patamar global de competitividade.
E esta ambição – de formar e preparar a si mesmo para um mercado de trabalho global e competitivo – se despertada e estimulada em nosso país, poderá ser mais uma das chaves para vermos em prática todo o potencial que queremos ver florescer.
Atratividade, engajamento e produtividade. Combinar os três elementos. Eis o desafio para empresas e executivos.
BOA SORTE!!
Materia da revista exame por Marcelo Cuellar
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