Quando você muda para uma casa nova, não leva um tempo até que essa casa se torne um lar? Essa jornada emocional que ultrapassa a dimensão física da nova casa e precisa de um tempo de adaptação até que você a transforme em um lar é aonde entra a gestão de mudanças.
Essa semana escrevemos sobre o RH e o seu papel na Gestão de Mudanças. Qual é afinal, o papel da área de RH em Change Management?
O RH, como parceiro que ajuda na sustentação do negócio tem um papel essencial na Gestão de mudanças organizacional, pois é ele que constrói a estratégia de cultura da organização, que dá suporte para as demandas relacionadas a pessoas, ele que possui a expertise sobre o comportamento humano. Gestão de Mudanças refere-se ao lado humano da mudança aplicado a um processo que facilite esse lado humano/comportamental a alcançar os resultados esperados.
A maneira como o RH está organizado na estrutura da organização causa um impacto significativo nas ações de gestão de mudanças. O não entendimento desse cenário pode causar para a organização um alto impacto no custo, tempo de resposta e recursos necessários para a mudança acontecer.
Quem então deve engajar o RH? Na prática, quem tiver clareza dessa importância primeiro. O RH é um importante agente de mudanças organizacional e pode, com a sua influência nas pontas, apoiar, reforçar ou boicotar um processo de mudanças.
“O RH deve viver com conforto na transição e deve estar envolvido em toda a mudança organizacional e estrutural que ocorre na empresa. Se isso não acontece, a mudança tarda a engatar e muitas vezes não é sustentável”.
As certificações internacionais de Business Partners (www.cipd.org e www.hci.org) hoje trazem em seus conteúdos a Gestão de Mudanças como elemento principal de atuação do RH e da área de BPs.
Como o RH pode e deve se preparar para a gestão de mudanças? Isso começa com o entendimento sobre o tema, essencial para que o RH saiba para onde olhar primeiro e qual é a sua responsabilidade dentro do processo. Depois disso, é importante que as pessoas da área consigam desenvolver habilidades escassas hoje nos times de Recursos Humanos como: entendimento do cenário sem julgamento, a capacidade de construir parceiros de negócio, a responsabilização do seu papel de agente de mudanças junto com a gestão e o espaço de desenvolver a estratégia com o walk the talk (que deve começar dentro da área), lidar com a gestão emocional que envolve a mudança e a coragem de colocar a organização em espaços para falarem com franqueza sobre os “elefantes brancos”; essa última essencial para gerenciar mudanças duradouras.
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Franciele Maftum
Diretora e fundadora ChangeQuest Brasil
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