“O essencial é invisível aos olhos”. Começamos o primeiro post desse ano com uma frase clássica do pequeno príncipe. Escolhemos essa frase porque foi sobre ela que falamos o ano todo nas organizações, e com ela trabalhamos na prática, desenvolvendo uma das maiores facetas ou lembranças que fazem a grande diferença nos projetos de gestão de mudanças e na prática da liderança.
O grande aprendizado de 2015 para nós foi: sim, é preciso lembrar do óbvio, resgatar as relações, parar para respirar. Porque sem respiração não tem plenitude e sem plenitude continuamos vivendo “coisificados” pela organização e sendo pessoas/profissionais que não sabem mais o que estão fazendo ali ou o pior: como estão fazendo.
Entrar nas grandes corporações, que faturam milhões (mas também perdem milhões) e dizer: precisamos respirar um pouco, refletir mais e entrar em contato com quem somos, para termos relações mais saudáveis e um trabalho mais significativo, exige coragem e muitas vezes pode ser confundido com muita “filosofia” e pouca prática. Mas não há mudança ou gestão da mudança sem esses componentes, como também não existe inovação sem os mesmos. Estamos vivendo uma era de falta extrema de cuidado com as pessoas que trabalham para nós, e uma outra falta de cuidado com nós mesmos, com quem somos, o que pensamos e o que sentimos. E é essa falta que resulta em retrabalho, sensação de esgotamento, solidão, falhas humanas, acidentes, afastamentos, falta de inovação. Mas ao mesmo tempo, nos traz uma oportunidade de reverter a situação com simplicidade. Não faz sentido?
E por que é que a nossa realidade organizacional está tão cheia de vaidades, egos inflados, desconfiança e competição? E no que isso tudo resulta? Convidamos vocês a pensarem um pouco sobre isso hoje. Qual foi o momento que nos perdemos, mesmo tendo a certeza de que “eu estou fazendo o certo”?
Não é culpa de ninguém, mas um reflexo de anos de construção e significados de trabalho, de ter que ser suficiente, de ter que trabalhar muito, de ter que mostrar valor. Estamos agora revendo esses conceitos e ajudando as pessoas (e a nós mesmos) a se tornarem mais consistentes sobre quem são. A se validarem mais e reagirem menos. A reconhecerem as próprias emoções e resgatarem o significado das relações, do trabalho, da vida. Esse caminho é extremamente gratificante e muito, muito difícil. Para os clientes que nos conhecem: requer aprender a ser! E longe de abraçar árvores, essa é uma prática necessária para a sobrevivência das nossas organizações, a nossa sobrevivência e a nossa saúde mental. Precisamos ainda dos 2 aprendizados: aprender e ser, pois ambos ainda necessitam de muito aperfeiçoamento. Requer coragem, autonomia, gestão de si, reconhecimento de si e do outro, leitura de cenário. Requer uma capacidade muito além da estratégica, pois ao ler a mim mesmo e ao cenário sem recuos, reações e receios, enxergo a verdade e as necessidades e consigo agir com integridade e velocidade, do contrário, ao invés de agir, reajo na esperança de me proteger.
Fica aqui nosso primeiro post do ano reiterando o nossos propósito de trabalhar para a construção de pessoas melhores, de mais plenitude, inteireza e menos distanciamento.
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