Conversando com pessoas que trabalham em organizações de diferentes atividades e tamanho, ouvimos com muita frequência a mesma queixa: “as coisas estão difíceis”; “temos mudanças acontecendo mas o pessoal parece não aceitar”; ou ainda: “as pessoas estão reagindo de maneira agressiva, sem perceber”.
Frases como essa mostram que a realidade da incerteza é uma constante e o ser humano tem muita dificuldade de lidar com a evidência do imprevisível.
Na verdade esse é o cenário da vida e do cotidiano das organizações e vem sendo assim há alguns anos. Porém ao nos darmos conta disso, o nosso primeiro movimento é negar e dizer: “mas aqui sempre foi assim e não acontece nada” ou ainda “não é comigo, estou fazendo a minha parte”. E essa postura, por mais natural que seja, nos impossibilita de olhar para a realidade, fazer as pazes com ela e tentar realmente ser um agente ativo dentro do cenário que estamos.
Observamos muitas pessoas fugindo dessa realidade e negando a necessidade de olhar para si, para o quanto seus comportamentos afetam nos seus resultados, para a sua responsabilidade no processo, de vida ou na organização. E isso tudo é compreensível, pois se olhar para si fosse fácil, viveríamos em um mundo com menos guerra, corrupção e violência. Mas a grande questão é: para onde vamos se continuarmos assim? E o que dói mais, olhar para si, perceber suas falhas, fraquezas e vitórias e mudar o percurso das coisas ou continuar na negação de que isso não diz respeito a você e sofrer as consequências de maneira direta, seja trabalhando em um lugar ruim ou vivendo da maneira que não gostaria?
Quando entramos em uma organização para ajudar as pessoas a reorganizarem os seus projetos e gerenciarem o caos, precisamos primeiro fazer perguntas como essa. O quanto você está disposto a olhar primeiro para si, para depois mudar o cenário? Não existe uma fórmula mágica ou uma ferramenta extraordinária que irá resolver os problemas de gestão, engajamento e de melhores resultados desse cenário. Não se forem utilizadas sem uma transformação do indivíduo e das relações. Um bom livro pode ser péssimo na cabeça de uma pessoa que não o compreende, o mesmo vale para um bisturi.
Fica aqui o meu convite para fazer uma tentativa e uma reflexão. Se quiser gerenciar os seus projetos, empresa, pessoas, de maneira mais eficaz, comece se perguntando, qual é a sua contribuição para esse resultado atual? Grandes transformações começam, geralmente, por uma única pessoa.
ChangeQuest Brasil
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